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sábado, 20 de fevereiro de 2021

António Ramos Rosa

 Silêncio(s)

Se eu sou nada esse nada deseja
ser e só no amor encontra a consistência
que envolve o nada que o acolhe e o liberta
para ser oferenda a ti deus ignorado
O que eu sou é pouco para ti e é demais
e só o zero em mim é o teu círculo
e só no seu silêncio está o teu nome
Nada sabendo de ti sei que és o Simples
e se de ti não ouço o mais leve murmúrio
é porque tu habitas o silêncio de todos os silêncios
e é por esse silêncio que morro e ressuscito

António Ramos Rosa com foto do autor.





1 comentário:

mariferrot disse...

SILÊNCIO, alcaide e fiel escudeiro, o máximo na resposta e o melhor na indecisão, profundo a contemplar, sonhador voluntário, de ausência na presença, particular com reticência, grande e variado, simples e complicado, amado e desejado, por alguns odiado, mas em jeito de alimento deixa bem alimentado !!!... <3

Linda FOTO !!!... <3

Beijo Conde