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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Identidade....




Matei a lua e o luar difuso.
Quero os versos de ferro e de cimento.
E em vez de rimas, uso
As consonâncias que há no sofrimento.
Universal e aberto, o meu instinto acode
A todo o coração que se debate aflito.
E luta como sabe e como pode:
Dá beleza e sentido a cada grito.
Mas como as inscrições nas penedias
Tem maior duração,
Gasto as horas e os dias
A endurecer a forma da emoção.

Miguel Torga

1 comentário:

Sandra Gonçalves disse...

E que essa emoção seja plena, intensa,,,Vivida a cada momento.Beijos achocolatados