São estas as minhas alegrias: contei-as e creio que não falta
nenhuma. Leva-as a cantar nas tuas noites, ou a perderem-se nos
teus mares, ou a morrerem nos teus lábios.
São estas as minhas tristezas. Contá-las não pude, mas sei
que me seguem fielmente. Leva-as a adubar a tua terra, a servir
de fermento ao teu pão, de lenha ao teu lume.
Esta sou eu: fundida com a minha sombra, inteira e sem
sobejos. Leva-me ao teu coração, pois peso pouco e não tenho
outra almofada nem outro sonho.
Dulce María Loynaz
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