Karen Valladares
Escribo sobre la ceniza del olvido.
Sobre la desnudez de nuestros cuerpos
Sobre el temblor de mi corazón al verte.
Escribo.
Escribo en la hora vacía de la sombra
De la espera acumulada
del insomnio
de la luz que me cobija
pero nada puedo decir
pero nada debo de decir.
Rompo en llanto
Me desmorono
Escribo sobre la frialdad de la soledad
Sobre el vacío de mis ojos cuando no te veo.
Pertenezco al viento..
Al silbido de la noche,
a la lluvia que no llega.
Escribo
escribo sobre vos.
Sobre mí
sobre el ruido acumulado en una pared
sobre tu nombre carcomiéndome la garganta
y no puedo hacer nada.
vuelvo a llorar.
Escribo sobre la palidez de cualquier silencio.
Escrevo
Escrevo sobre a cinza do esquecimento.
Sobre a nudez de nossos corpos
Sobre o tremor do meu coração ao ver-te.
Escrevo.
Escrevo na hora vazia da sombra
Da espera acumulada
De insônia
Da luz que me cobiça,
Porém, nada posso dizer
Porém, nada devo dizer.
Desato em pranto,
Me desmorono.
Escrevo sobre a frieza da solidão
Sobre o vazio de meus olhos quando não te vejo.
Pertenço ao vento...
Ao uivo da noite,
À chuva que não chega.
Escrevo.
Escrevo sobre ti.
Sobre mim
Sobre o ruído acumulado de uma parede
Sobre teu nome corroendo-me a garganta
E não posso fazer nada.
Volto a chorar.
Escrevo sobre a palidez de qualquer silêncio.
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