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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Isabel Sousa

Guardei para ti as madrugadas do sonho
quando disse que te amava
e os meus olhos plenos de ti escorreram
pelo sol que era a lua encostada no teu rosto
beijos de...
ternura nasceram nos meus lábios
e o sorriso onde a realidade ainda não doía
levitava nesse querer ver~te em toda a parte
e nada mais havia senão o teu rosto e o teu nome
hoje sei que o tempo me doi e me enlouquece
e as lágrimas que me adentram são inúteis
_as palavras são sufocos instalados na rotina-
a saudade há-de gelar e o sol será a sombra
e a sombra um resquício dos enganos onde a verdade
nunca foi mais do que um sonho em sobressalto
um dia rir-me-ei de ser menina
nesse dia serei mais adulta mais mulher
será tarde ,digo eu, mas será ainda cedo p'ra saber
que há um tempo em que se sofre por se amar
uma sombra perseguida na memória
ninguém muda assim tanto de si mesmo
e esse será o tempo de partir


Isabel Sousa (luadiurna)  





 

1 comentário:

Fatima maria disse...

Guardei para ti as madrugadas do sonho
quando disse que te amava
e os meus olhos plenos de ti escorreram
pelo sol que era a lua encostada no teu rosto
beijos de... ternura nasceram nos meus lábios
e o sorriso onde a realidade ainda não doía
levitava nesse querer ver~te em toda a parte
e nada mais havia senão o teu rosto e o teu nome

beijinhos.