Pediste-me um dia um poema.
Pediste-me um dia um poema,
poema que fosse teu.
Como ave delicada
que agoniza quando presa,
o poema nasce na alma,
movimenta-nos o sangue
com a força do desejo,
humedece-nos os lábios
com a ternura de um beijo,
dança na bainhas dos versos,
plana nas asas da calma,
amordaçado, ele morre
se soletrado fenece.
Poema não compreendido
torna-se vago, emudece.
Procurei o teu poema
no abraço da entrega,
nas pegadas paralelas
de mãos dadas junto ao mar,
na cumplicidade da noite,
na comunhão de um olhar.
Só descobri versos vagos
dançando ao som do medo,
abandonos calculados,
a reserva e o segredo.
poema que fosse teu.
Como ave delicada
que agoniza quando presa,
o poema nasce na alma,
movimenta-nos o sangue
com a força do desejo,
humedece-nos os lábios
com a ternura de um beijo,
dança na bainhas dos versos,
plana nas asas da calma,
amordaçado, ele morre
se soletrado fenece.
Poema não compreendido
torna-se vago, emudece.
Procurei o teu poema
no abraço da entrega,
nas pegadas paralelas
de mãos dadas junto ao mar,
na cumplicidade da noite,
na comunhão de um olhar.
Só descobri versos vagos
dançando ao som do medo,
abandonos calculados,
a reserva e o segredo.
Pediste-me um dia um poema,
poema que fosse teu.
Mas nesses versos dispersos,
o poema se perdeu.
Não consegui e foi pena.
Poema não construído
torna-se num não-poema!
poema que fosse teu.
Mas nesses versos dispersos,
o poema se perdeu.
Não consegui e foi pena.
Poema não construído
torna-se num não-poema!
HG Junho 2004
HELENA GUIMARÃES
1 comentário:
Procurei o teu poema
no abraço da entrega,
nas pegadas paralelas
de mãos dadas junto ao mar,
na cumplicidade da noite,
na comunhão de um olhar.
lindiddímo!!! beijokas
Enviar um comentário