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sábado, 2 de junho de 2012
Cárcere destino
Quando a tive sob meu julgamento,
condenei-me pelo crime que havia no olhar.
Seus gestos de quase nunca
denunciaram a culpa.
a minha?...
a dela?...
- Desconhecida era a pena.
Ordenei-lhe a fuga.
Resistiu, pois sabia de mim.
Vieram as perguntas.
As fiz em outro tempo
em resposta ao seu corpo.
- Desconhecido também era o tempo.
Conjugavam-se o ontem e o agora,
o futuro ainda não existia.
Confessei os feitiços,
o arder das chamas,
o verbo aliciado pela carne desde o princípio.
A mim não coube recurso. Culpado.
Mantive-me prisioneiro do cárcere destino,
sob vigília,
para evitar a fuga.
Quando a tive sob meu julgamento,
condenei-me ao eterno amar.
Celso Brito
Foto:Keiko Guest
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1 comentário:
Quando a tive sob meu julgamento,
condenei-me ao eterno amar.
Todo o poema é divino!!!!!!!!!!
Mil vezes adorei,sem condenação e com todo o tempo do mundo.
Beijos ....CONDE
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