Não ser nada
Acender um cigarro
Olhar para o vazio
Os dias correm sempre iguais
A letargia, o sono, o deixa andar
Já nada interessa…
Foto:Chris Blaszczik
Ah! arrancar às carnes laceradas
Seu mísero segredo de consciência!
Ah! poder ser apenas florescência
De astros em puras noites deslumbradas!
Ser nostálgico choupo ao entardecer,
De ramos graves, plácidos, absortos
Na mágica tarefa de viver!
...
Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
- Sem nos dar braços para os alcançar?!...
Florbela Espanca
Foto:Jean-François Jonvelle
Acender um cigarro
Olhar para o vazio
Os dias correm sempre iguais
A letargia, o sono, o deixa andar
Já nada interessa…
Foto:Chris Blaszczik
Ah! arrancar às carnes laceradas
Seu mísero segredo de consciência!
Ah! poder ser apenas florescência
De astros em puras noites deslumbradas!
Ser nostálgico choupo ao entardecer,
De ramos graves, plácidos, absortos
Na mágica tarefa de viver!
...
Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros
- Sem nos dar braços para os alcançar?!...
Florbela Espanca
Foto:Jean-François Jonvelle
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