Talvez seja melhor
Que não venhas.
Ou, melhor ainda se nunca
tivesses vindo.
Porque se assim fosse
Não sentiria
O que estou sentindo
Tamanha ausência de significado.
Talvez seja melhor
Que não venhas.
Podes não ser
Mais nada do que foi
E só matar
O que houve entre nós dois.
Tanto tempos separados
Deve fazer diferença
E se, de repente,
Somos dois estranhos?
Não, é melhor que não venhas.
Melhor permanecer, como agora,
Sem saber por quais caminhos,
Lugares e bancos
Os teus sonhos repousam.
No entanto há uma parte de mim
Que insiste
Em que, de fato, jamais partistes.
E ainda sonha
Com os dias gloriosos
De tua volta
E me sussura
Que não te esquecerei.
Talvez seja melhor que não venhas-
Repito, ansioso, por ouvir tua voz rouca
Me chamar, novamente, de “Meu lindo”!
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