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domingo, 18 de setembro de 2011

Elegia ao grande amor....



E fostes incontrolável febre,
Inesgotável fonte de desejos
Que me fez forte, bravo,
Muito mais que um homem
Quase um deus humano
Em pleno o grande amor.

E me destes, sabiamente,
Entre palavras e beijos
A condição de sonhar
Na via, pela vida, acima da vida,
Como deve fazer sempre
Quem busca a harmonia.

E me legastes o sorriso
Em cada gesto simples,
Em cada momento doce,
Em todas as pequenas coisas
Que compõem a imensidão
De um verdadeiro grande amor.

E me ensinastes a beleza
De aceitar o diferente
Como igualmente bom e belo;
Assim como ver no nosso igual
Todas as pequenas diferenças
Que nos separa e desassemelha
E participam de nossa fragilidade.

E me levastes pelos caminhos
Mostrando que a dor é somente
Uma outra diferença válida
Para se poder apreciar devidamente
O vinho raro, fino, delicioso
Do prazer que nos foi dado gozar.

E me dissestes que a tristeza-
Condição própria da existência-
Deve ser tratada como uma sombra
Que só se torna possível na luz,
De tal forma que em tudo procurei
Ver o outro lado que sempre existe.

E me olhastes com olhos novos
Tantas vezes que me pasmei
De ver que, também, te via diferente
Outras tantas e tantas vezes
E criamos juntos o espanto
Que fez nosso amor imenso, imenso...

E me deixastes quando o amor
Se fazia mais vivo e mais presente
Talvez para que a dor fosse maior
(O amor, decerto, não poderia ser)
E nós pudéssemos lembrar felizes
Que vivemos, realmente, um grande amor.

2 comentários:

Feiticeira disse...

Hum !

Hoje estas com inspiração a todo vapor

Belo poema, com grandes verdades, é assim um amor que tem que parar

Beijinhos

Moi disse...

Triste, quando se tem de parar um amor no seu auge, mas igualmente belas as palavras que usaste para descreve-lo.

E hoje estou a ouvir esta musica de fundo, adoro esta musica francesa (porque são poucas as que gosto!)

Beijo