Canção (2)
Tu eras neve.
Branca neve acariciada.
Lágrima e jasmim
no limiar da madrugada.
Tu eras água.
Água do mar se te beijava.
Alta torre, alma, navio,
adeus que não começa nem acaba.
Eras o fruto
nos meus dedos a tremer.
Podíamos cantar
ou voar, podíamos morrer.
Mas do nome
que maio decorou,
nem a cor
nem o gosto me ficou.
Eugénio de Andrade
4 comentários:
Este é o meu poeta nº 2 :)))
lindo poema, não conhecia :)
e por vezes... nem nome nem gosto fica...
outras vezes... o nome vem embrulhado no vento, o cheiro passa na pele com a brisa e... tudo fica.:))
Quero ser a agua...
Beijo d'anjo
Belíssima postagem!
bj
.
LiZa
Será mesmo que nada ficou? rss
Beijinhos com sabor de saudades
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