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domingo, 17 de abril de 2011






Envoltos pela névoa de linho
os amantes se olham
indescobertos...

Envoltos por sins e temores
os amantes se tocam
cautelosamente...

Envoltos por olhos ardentes...
os amantes se desejam
misteriosamente...

Envoltos... no quarto fechado
há um não sobrar de
espaço para dois

As palavras sussurram delicadamente
prazeres inconfessáveis e não ditos
Mãos espalmadas em busca de espaço
desafiando as leis da física...
Pernas, ora trançadas ora retesadas...
querendo quebrar todos os limites
Bocas em beijos, em cada milímetro...
engolindo toda a possível resistência

Entre lençóis,
os amantes se esquecem
eternamente do tempo ...

Para quê tempo?
se, entre lençóis, eles
vivem tão intensamente?...

E... bem cá entre nós
- Para quê mais os lençóis?...

Djalma Filho

2 comentários:

Marcia M. disse...

Aqui meu querido encontro riquezas de poemas que não conheci ,e viajo com eles ,adoro bjos ,semana linda para o Conde!

Feiticeira disse...

Os lençois servem para manter o misterio, o desejo se ver o que esta embaixo

Boa semana

Beijinhos embaixo do lençol rss