O ultimo cigarro
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Acendi o ultimo cigarro da noite,
analgésico inútil para a insónia e a desinspiração
que faz com que o chão da sala fique forrado a bolas de papel
A verdade é que todas as noites são de breu
combatido com a chama do cigarro,
fraca luz para iluminar, as luzes desligadas
a lua que se esconde, e descerrar as cortinas do meu olhar interior
A verdade é que me imagino a misturar com o fumo
e com ele desaparecer em cinza que se amontoa no chão,
na ansiosa espera do dia seguinte em que despertarei
para a desinspiração…
Viver em solidão é a forma mais fácil de morrer
mas torna a agonia interminável…
Hamilton Ramos Afonso
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