À beira de água
Estive sempre sentado nesta pedra
escutando, por assim dizer, o silêncio.
Ou no lago cair um fiozinho de água.
O lago é o tanque daquela idade
em que não tinha o coração
magoado. (Porque o amor, perdoa dizê-lo,
dói tanto! Todo o amor. Até o nosso,
tão feito de privação.) Estou onde
sempre estive: à beira de ser água.
Envelhecendo no rumor da bica
por onde corre apenas o silêncio.
Eugénio de Andrade
3 comentários:
Sem palavras
Lindo
Beijinhossssssssss
Eu adoro ficar assim....a beira mar escutando o silêncio e colocando os pensamentos em ordem..... lindo demais.....beijos.
Olá meu querido, tudo bem?Vim apreciar mais uma de suas linds postagens!!Maravilhosa!!Aproveito pra lhe desejar um ótimo final de semana!!Fica com Deus!!Beijo.
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